Olá!
Tempos de agudização da crise econômica no Brasil. Medidas adotadas pelo governo federal são lidas com otimismo por setores da imprensa. Para quem tem um mínimo de discernimento em economia e em história não há lugar para otimismo, talvez, nem mesmo para esperança.
As medidas econômicas seguem um receituário ortodoxo de “austeridade” traduzido em redução dos “gastos” de governo. Entre inúmeros problemas, o entendimento do investimento como “gasto” cria um primeiro entrave para superação da crise. Essa leitura errada da economia nacional (redução de gastos como sinônimo de investimento) é embasada na tosca analogia com a economia doméstica: gastar o que se arrecada. Mas a economia nacional é “um pouco” mais complexa que as contas do lar.
Uma lição em história da economia ensinada há mais de 80 anos demonstra que, em cenário de crise econômica, o governo não pode abrir mão dos investimentos implementando as medidas ditas “anti-cíclicas”. Cortar investimentos públicos em cenário de crise capitalista é a morte.
Se Roosevelt entendeu bem essa lição nos Estados Unidos nos anos 1930, a Grécia, na contramão dos investimentos públicos, amarga meia década de redução da atividade econômica. As medidas de “austeridade” do governo brasileiro nos fazem ver a Grécia como destino econômico e social do país. Mas a crise não é insolúvel.
Com um excelente recurso didático, Fernando Nogueira da Costa, economista da UNICAMP, colocou em seu blog uma explicação sobre a circulação do dinheiro. Vale a pena ler e pensar sobre as medidas do atual governo federal.
Para ler, clique no link ao lado: Capital Circulante
Boa sorte a todos!